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domingo, 28 de abril de 2019

JAPÃO

Aos 10 meses de viagem, estávamos num dos lugares míticos do Japão, o Monte Fuji, mais um daqueles lugares do nosso imaginário que tínhamos a oportunidade de ver inloco.


Mas antes disso, ainda vos falámos de Osaka e Kyoto. A primeira onde aterrámos vindos de Taiwan, é a segunda maior cidade do país e claro gigante.

Estivemos na zona de Namba, talvez a mais movimentada e também uma das imagens de marca de Osaka, fizemos também uma visita ao Castelo, que nesta altura do ano tem os seus jardins cheios de cor, não fosse a altura das cerejeiras em flor, o bilhete custa 5€ e a vista do topo dá para ter uma noção da dimensão da cidade.

O país está todo ligado por ferrovia, por vezes entre algumas cidades existem 3 ou 4 linhas, umas do estado outras privadas. Se por um lado facilita porque não faltam opções, por outro pode ser um pouco confuso de início.

A viagem até Quioto no comboio normal demorou apenas uma hora, aqui é muito raro atrasar e à hora marcada chegámos, a um dos lugares que mais vontade tínhamos de conhecer no Japão.

Quioto não desiludiu, a zona histórica da cidade P.M. da Unesco (Gion), cheia de templos uns mais lotados do que outros, restaurantes típicos e outros tantos que não são para a nossa carteira.

Fushimi-Inari Taisha, Palácio Imperial, Templo Nanzenzi, Pavilhão Dourado e o Bosque de Bamboo são alguns dos pontos imperdíveis em Quioto. Com sorte poderão ver alguma Geisha, numa das vielas da zona histórica, não é fácil, porque tentam passar o mais despercebidas possível.

Para chegar ao Pavilhão dourado, tivemos que ir de autocarro, já nos tínhamos apercebido da educação desta malta, principalmente dos serviços ao público, mas quando numa simples troca de motorista, aquele que sai do seu posto, diz algo do género "Obrigado por ter a possibilidade de vos transportar, foi um gosto e espero ter a mesma oportunidade numa próxima", seguido de uma vénia aos passageiros, repetida pelo seu substituto, dá para perceber um pouco melhor o nível do civismo que há por aqui.

Como o alojamento é um pouco mais caro no Japão, optamos por ficar quase sempre em dormitórios. Para quem nunca ficou, é o país ideal para experimentar, são do mais limpo e organizado que já vimos, tivemos sempre boas experiências e nem foi preciso ir para os que tinham melhor classificação.


Nara e Himeji

A primeira conhecida pelo seu parque com veados(cervos), são centenas que vagueiam pela zona do parque, mesmo ali no meio das pessoas, por norma não são perigosos, mas assistimos a um ataque de uma fêmea a umas 5 pessoas (todos do sexo masculino), sem motivo aparente (coisas de mulheres). Mais tarde "acalmada" por um dos "seguranças" que estava na zona.

Também no parque estão alguns templos entre eles um dos maiores senão o maior edifício em madeira do mundo Todai-ji. Em Nara foi onde ficamos no alojamento mais barato no Japão (24€, quarto privado), a maioria dos turistas não pernoita em Nara, pelo que é possível ficar num espaço agradável por um preço mais em conta.

Seguimos em direção a Hiroshima, mas acabamos por pernoitar em Himeji e visitar o castelo local, talvez o mais visitado e mais bonito do Japão, o tempo não ajudou, mas não se estava mal, aqui já era FDS e ficamos no alojamento mais caro até ao momento (50€), que por sinal foi talvez um dos que tinha melhor qualidade, apesar de lógico, está longe de ser regra, pagámos quase sempre por contactless do nosso Revolut, uma ajuda preciosa em viagem.

Mais umas horitas de comboio e chegámos ao destino seguinte que tem uma história triste conhecida por todos.

Hiroshima, Monte Fuji e Tóquio

Hiroshima é hoje uma cidade completamente renovada, como ficou totalmente arrasada na altura da explosão, tudo é relativamente recente e moderno. Mas é quando se chega à zona do epicentro, que se percebe um pouco do que se passou, com os memoriais, um edifício que milagrosamente ficou de "pé" e visitando o museu da paz, que nos apercebemos um pouco melhor da tragédia que foi.

Foram já demais os locais que visitámos em que o ambiente é pesado, onde se faz um esforço para que as lágrimas não nos escorram pelo rosto e que se fica com dificuldade em engolir, mais uma vez lembrámos...para que nunca mais se repita!

A uma hora de distância entre comboio e barco, está a ilha de Miyajima, muito agradável e bastante conhecida pelo seu Tori e o templo que ficam sobre a água, pelo menos quando a maré está cheia.

Depois de 3 dias na zona, seguimos em direção ao Monte Fuji, um dos lugares que mais ansiávamos conhecer, como não andámos no comboio bala, ainda foram algumas horas de autocarro até chegarmos. A aproximação à zona do monte (vulcão), por si só já vale a visita. Foram 3 dias muito bons que ali passámos, sempre deu para fugirmos um pouco à paisagem de arranha céus, das zonas mais urbanizadas por onde temos andado e apreciar um pouco mais da calmaria que se vive nestas zonas mais rurais do país.

Só nos inícios de Junho é possível subir, pelo que aproveitámos para da umas voltas de bicicleta pelo sopé e arredores de um dos cinco lagos na zona. Ficamos com vontade de voltar ao Japão e andar mais por estas zonas menos urbanizadas, é um outro país, igualmente interessante.

Dali seguimos de autocarro até Tóquio, e em menos de 3 horas já lá estávamos. Logo nos apercebemos da imensidão de arranha céus a perder de vista e assim que usámos o metro pela primeira vez, pensámos, ainda bem que não foi a primeira paragem no Japão. É também no subsolo que existe uma outra cidade.

Ficámos alojados na zona habitacional de Asakusa mas, aconselhamos a passagem nos bairros de Arakaju, Shinjuku e Shibuya.

Dizem que são cerca de 30 milhões na metro Tóquio e nós acreditamos!

O Japão é daqueles países que deviam fazer parte das visitas de estudo do programa escolar, é um país de organização, civismo, cidadania e limpeza extremas. Por outro lado não será menos importante a visita a um Laos, Timor, Camboja ou Myanmar por exemplo, para que também possam dar valor ou ter a real noção do que realmente importa nesta vida...perante isto só podemos dar um conselho, viajem!


Por falar em visitas de estudo, os miúdos desde muito novos vão e regressam sozinhos das escolas, mesmo nas cidades maiores o que não deixa de ser curioso tendo em conta a densidade populacional na maioria das cidades.

Tudo parece ser pensado ao pormenor, para máxima eficiência e até produtividade, em muitos dos alojamentos (low cost) em que ficámos, tinham poucos funcionários, por vezes o rececionista também fazia a limpeza, isto porque o check out é automático e o check in só depois das 16h, ou então, algumas registadoras de supermercado que dão o troco e assim o funcionário não perde tempo.
São de tal forma perfecionistas que evitam ao máximo falar com estrangeiros com medo de errar no inglês. Sempre com um pedido de desculpas antecipado por não saberem falar bem. Talvez por essa razão foi mais difícil interagir com eles, mas das vezes que conseguimos foi muito engraçado.

Comboios e metros, simplesmente não atrasam, quase todos têm bancos aquecidos.

Os motoristas dos autocarros, para além de cumprimentarem os passageiros quando entram na sua mudança de turno, agradecem com um muito obrigado quando saímos dos autocarros, incrível.

Não foi o primeiro país onde vimos isso, mas no autocarro não conferem o dinheiro, colocámos as moedas com o valor correto numa caixa, não dão troco.

Táxis são mais um serviço de limusine, em que o motorista usa luvas e até um chapéu.
Em quase todas os cidades existem passes de 1 dia para o metro ou autocarro, que por norma compensa, é uma questão de fazerem as contas. Relativamente ao passe para o comboio bala da empresa JR, vai depender de cada um, nós optamos por não comprar, porque para nós sairia mais caro, até porque podemos andar nos normais ou de autocarro, que também são bons e mais baratos.

Dizer ainda que existem várias empresas de transporte ferroviário, umas em determinadas zonas e com apenas algumas ligações, o que requer algum estudo para ver qual a melhor e mais económica forma de chegar do ponto A ao B, em alguns casos pode ser um pouco confuso, uma vez que se pode comprar um bilhete que reúne 2 empresas diferentes. Os autocarros podem ser uma excelente opção para quem quiser poupar uns €, são talvez a opção mais em conta.

Para quem gostar de decoração, design e arquitetura o que não falta é inspiração por todo o lado...restaurantes e cafés da moda também são mais que muitos.

Não é difícil encontrar pratos de comida a 4€(500yens), nos restaurantes mais simples. A maioria vai de 5€ a 8€ o prato, claro que nos restaurantes mais sofisticados também se pode gastar uns 100€. As bebidas são bem mais caras nos restaurantes, uma cerveja custa uns 2,5€. Foi também uma viagem gastronómica, ficámos fãs de muitos pratos e iguarias. 

Em muitos supermercados, a comida entre eles sushi e sashimi, ficam muito mais baratos depois de determinada hora, é espera um bocadito.

O custo de vida não é muito diferente do português ou espanhol, talvez mais perto do espanhol. 

Algo estranho no Japão é que não se pode fumar em muitos sítios inclusive ao ar livre, têm por norma zonas restritas para a fumaça, mas em muitos dos restaurantes é permitido, apesar de nunca nos ter cheirado a tabaco.

A água da rede é boa para consumo, estranho ou não, é a água de garrafa mais pequena por norma ser mais cara do que uma de 2 litros.

Aqui compensa mais o uso do cartão Revolut ou similar, do que a troca de dinheiro, a taxa cobrada pelos ATMs é de 2 a 3 euros mas o montante de levantamento máximo diário é bastante elevado, não te esqueças de selecionar a moeda local para o débito no teu Revolut.

No Japão podem baixar a guarda, aqui ninguém vai tentar roubar ou cobrar mais por um serviço, para quem viaja em baixo custo o desafio maior será sempre não derrapar nas contas, se bem que, como já dissemos anteriormente, em termos de custo é parecido com Espanha.

Digamos que é um exemplo a seguir pelos demais países, o problema está na elevada taxa de suicídios, numa sociedade tão exigente e por vezes demasiado competitiva e numa busca incessante pela perfeição, pode gerar frustração e há quem não aguente. Talvez um pouco de desorganização e umas loucuras não façam assim tão mal.

Em 16 dias, e depois de termos voado de Taiwan para Osaka, seguimos para Quioto, Nara, Himeji, Hiroshima, Monte Fuji e saímos para a Coreia do Sul por Tóquio.

Só descobrimos depois que era possível passar de barco do Japão para a Coreia, por Fukuoka por exemplo, teria sido uma experiência engraçada.


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Japão

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