TAIWAN

Confessamos que não sabíamos muito sobre aquela que é conhecida pela ilha Formosa, nem sequer havia grande expectativa, a verdade é que ficámos bastante surpreendidos com o que vimos.

Mas não começou muito bem a nossa estadia, enquanto ainda estávamos nas Filipinas, já andava (Nuno) a tomar alguns anti inflamatórios para as dores nos rins (gosta de guardar pedras). Nos últimos dias a dor foi aumentado e aproveitando o facto do sistema de saúde ali ser bem melhor, aproveitámos para ir à urgência. Fomos rapidamente atendidos e feito que estava o rastreio, pouco depois já o um médico chamava pelo "foreigner" 😄.

Alguns exames depois, e já a soro, o médico muito simpático e atencioso, explicou tudo muito bem explicado (nada que não soubesse já, porque já foram mais de quatro as vezes que isto aconteceu), pagámos 50 euros, um pouco mais do que o que costumo pagar no hospital público em Portugal, se tivéssemos o seguro Iati na altura, não pagávamos nada.

Problema resolvido até ver e seguimos caminho.

Taipei, a capital, é para quem gosta de cidades modernas, um exemplo a seguir, muito limpa, organizada, com uma grande diversidade de transportes públicos e relativamente baratos. Para além de uma enorme frota de scooter's, muitas delas elétricas produzidas lá ,as Gogoro, ficámos apaixonados! Não carregam as baterias, vão simplesmente a um dos muitos pontos instalados, que podem estar até á entrada de um restaurante, pegam na bateria vazia, que tem o tamanho de uma embalagem de pão de forma e trocam por uma cheia, em troca pagam um valor simbólico, simples assim.

Ficámos alojados numa zona bem central, um hostel no 10º andar com muito bom aspeto, onde ficámos numa cama de casal mas num dormitório, com bastante privacidade. Num dos dias e durante o pequeno almoço, sentimos um tremer do chão, pensámos logo, onde é que já vimos isto, a tv enorme abanou bastante, mas para nosso espanto o rapaz que estava na receção nem reagiu, até ficámos na dúvida se tinha havido mesmo um tremor de terra, ou se eram efeitos do trauma de Lombok.

Mas estávamos certos, 5.0 de potência, mas com a quantidade que se verificam na zona, a maioria já nem liga, perspectivas...

São extremamente limpos, principalmente na capital, são simpáticos, mas para o envergonhado. Formam filas para tudo e não desrespeitam nunca a ordem.

Não conseguimos alugar mota sem carta internacional, á exceção da visita ao Sun moon lake, o que nos limitou um pouco na exploração das zonas mais afastadas das cidades. Uma das zonas que foi possível explorar, foi Jiufen e a cascata dourada, nos arredores da capital, que valem bem a visita.

A gastronomia é um dos pontos fortes do país, é muito rica e diversificada, adorámos! Como não é muito caro, conseguimos experimentar uma série de iguarias, que sinceramente não nos lembramos do nome da maioria. Os mercados e comida de rua estão por todo o lado e parecem um desporto nacional.

Utilizámos o comboio/metro e o autocarro para nos movimentarmos, são bastante pontuais e confortáveis, dizem que também é muito fácil a boleia, só apanhamos duas vezes.

Esta foto, tirada no maior templo Budista do país Fo Guang Shan (Kaoshiung), onde fomos presenciados com um livro sobre o Budismo e tivemos a oportunidade de escrever um dos "mandamentos" em mandarim.

O custo de vida é inferior a Portugal, uma vez que ganham sensivelmente o mesmo mas a maioria das coisas é mais acessível, não é difícil encontrar locais onde se come por 3€(prato), a gasolina custa menos de 1€ o litro, o bilhete mais barato do metro custa 0,50€ na capital por exemplo.

Apesar de viverem 22 milhões num espaço que é sensivelmente metade do território português e como usam muito os transportes públicos e motas, o trânsito flui com normalidade na maioria das vezes.
Existe bastante turismo, maioritariamente Chinês, Coreano e Japonês e dos próprios Taiwaneses que adoram passear, ao fim de semana então, já os turistas ocidentais são muito poucos.

Neste que é um território que não estava praticamente habitado até meados do século passado, foi já por volta de 1950 que chineses nacionalista que perderam a guerra contra os comunistas se refugiaram na ilha, a quem se juntaram alguns japoneses e tornaram o país, não reconhecido por muitos, num dos mais desenvolvidos e tecnológicos do mundo.

Têm moeda própria, dólar taiwanês, e são independentes, apesar da China não o querer e alguma da comunidade internacional compactuar com isso, chegámos ainda a ver algumas manifestações contra a tentativa da China tomar o país.

São um dos maiores criadores mundiais de tecnologia, maquinaria, painéis foto-voltaicos, motas eléctricas e um sem número de produtos que temos em casa, está também sediada aqui a maior fábrica do mundo de bicicletas, que de resto produz para muitas das melhores marcas mundiais.

Os levantamentos nos ATM do Family Mart (supermercado), são livres de taxa, usamos sempre o nosso cartão Revolut.

No total estivemos 9 dias, digamos que o ideal serão uns 12 ou 15. O país não é grande, mas há muito que ver.

Em alojamentos gastámos em média 22€ e em comida 16€ (pelos 2).

Taiwan tem vários parques nacionais de grande beleza, infelizmente ficarão para uma próxima oportunidade.

A entrada em Taiwan foi feita por Taipei (norte), num voo vindo das Filipinas, onde estivemos 3 noites, dali para Taichung(2) de onde fomos ao Sun Moon Lake (no centro), o único sitio em que nos alugaram mota e saímos para o Japão por Kaoshiung (sul) 3 noites depois. Ficou por explorar a zona Este do país, menos urbanizada.

O visto para Portugueses é válido para 90 dias e têm que ter voo de saída.

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