CHEGÁMOS AO BERÇO! 47 DIAS E 2000KM DEPOIS

Terminou a volta, chegámos a Guimarães! 

Os planos vão mudando e não estava previsto irmos até à Régua desde Foz Côa. Dos 83km que fizemos nesse dia, os primeiros 43 foram bem exigentes, mas a paisagem é do melhor e já depois de São João da Pesqueira não fica nada atrás, ainda por cima a descer, ainda nos pareceu mais bonito. 

E pela N222 continuámos do Pinhão até à Régua sempre ao longo do rio, numa das estradas mais bonitas do mundo.

Quando chegámos, tínhamos os nossos amigos Ana e Dri à espera e com uma reserva de alojamento feita em nosso nome num hostel todo chique, seremos assim tão boa gente para merecer isto? Ficámos sem palavras. Como se não bastasse, ainda nos ofereceram uns doces da zona e os famosos rebuçados da Régua. Fomos a dois miradouros, lanchámos em Lamego e jantámos em Vila Real, nem custou assim muito (de carro claro).

No dia seguinte fomos até Amarante, não chegou aos 40km, mas os primeiros 20 foram bem durinhos e o calor já apertava um pouco mais, isto porque já saímos bem mais tarde do que o costume.

Última etapa e acompanhados

Desta vez com a companhia do Vasco, o nosso sobrinho, que já há uns dias nos dizia que queria fazer a última etapa connosco, apesar de não ser uma das mais fáceis, porque o transito é mais intenso e sem berma em grande parte do trajeto, mas os 44km até se fizeram bem.

Em jeito de balanço, nem sempre foi fácil, principalmente pelo calor que se fez sentir no interior do país nesta época do ano, ou pelo declive acentuado em determinadas serras, mas agora que já acabou, não foi assim tão difícil.

Um obrigado especial à Cyclestore por toda a ajuda prestada e a todos os outros que de alguma forma contribuíram para que esta volta fosse possível.

Com os 44km desta última etapa, foram 2000km certinhos, em 47 dias de bicicleta, uma volta típica de ciclo turismo, que era o que pretendíamos fazer.

Como sabem iniciámos o nosso percurso rumo ao sul pela costa e subimos pelo interior, se na primeira fase o calor não foi problema, assim como o desnível nunca foi muito acentuado, o mesmo não se pode dizer aquando do regresso, houve dias ou chegadas bem difíceis, com temperaturas a rondar os 40°, são normais nesta altura do ano, mas custa sempre, principalmente a fazer atividade física.

Outra das dificuldades e uma vez que viajámos sem tenda, foi arranjar alojamento a preços para portugueses, com baixos recursos. Ou era a falta de oferta, ou porque muitas unidades estavam fechadas, ou então por algo que não conseguimos perceber muito bem, uma vez que muitas das vezes não tinham clientes há dias/semanas. Muitos dos alojamentos em que ficámos, encontrámos o contacto no site do município ou perguntando ao pessoal da zona.

No que toca a gastronomia, foi maioritariamente de qualidade, sendo que no interior pelo mesmo preço, temos por vezes o dobro da quantidade.

Principalmente junto à costa, existem bastantes ciclovias, que evitam um dos principais perigos nestas coisas, que se prende com a falta de respeito que existe entre automobilistas e ciclistas, pelo sim pelo não, aconselhamos sempre a fazer um seguro, a Iati Seguros tem algumas opções interessantes, estamos a oferecer 5 por cento de desconto aqui.

Usamos o mapps.me(aplicação) para irmos vendo qual o melhor percurso, e na versão bicicleta, temos acesso até aos desníveis.

 

Acabámos por fazer um total de 2000km, média de 59km por dia, uma vez que dos 47, apenas pedalámos em 34.

Os tempos não são os mais favoráveis no que diz respeito ao contacto social, mas mesmo assim ainda foram bastantes as vezes que fomos abordados e sentimos o carinho tão característico português.

Os Portugueses não precisam de visto e podem ficar o tempo que quiserem (brincadeira).

(Nota final e não menos importante, achamos que já vimos Portugal bem mais limpo)

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