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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

VIETNAME

Hanói, chegámos à capital do Vietname!


Voamos desde o Myanmar, já não o fazíamos há 4 meses, mas era a forma melhor de aqui chegar, para não voltar a passar pelos mesmos sitios. Para não variar é mais uma capital meio louca, onde não há grandes regras no que ao trânsito diz respeito, buzinam para tudo e mais qualquer coisa, os carros pequenos estão equipados com buzinas de camiões "Tir" e as motas são aos milhares!


A cidade onde "atravessar a rua", pode ser uma verdadeira aventura e um desafio ao jogo de cintura, a passadeira é para enfeitar, já que ninguém se importa muito com isso. Os passeios são bons, como já não víamos há muito por estes lados, mas que não se podem usar(mais na zona antiga) por estarem a servir de estacionamento ou a dar lugar aquela barraquinha ou tasco com as mesinhas e bancos de brincar, onde servem chá, petiscos ou a cerveja de barril por 20 cêntimos o copo.


Hanói e a zona envolvente, foi a região do Vietname mais bombardeada pelos EUA, durante a guerra do país, que colocou em confronto o norte e o sul.
Para além da zona antiga, os pontos de interesse são o Mausoléu de Ho Chi Minh, o museu das mulheres Vietnamitas, a cidadela de Hanói, o lago Hoan Kiem, mas do que visitamos a Hanói Hilton prison, foi talvez a que mais nos marcou, usada pelos franceses durante a sua ocupação do país e mais tarde, pelos vietnamitas para aprisionar os americanos que iam sendo capturados.

Ficámos alojados na zona antiga da cidade e claramente a mais vibrante, as noites passámos com um grupinho que conhecemos ali, mexicanos e chilenos que viajavam o mundo sendo artistas de rua, a Julia da Alemanha, Carmen espanhola e o Tau da Tailândia, entre copos, música e muita conversa. Ainda aconteceram alguns episódios caricatos, num deles a senhora do suposto tasco ilegal, pega nos nossos banquinhos á pressa e atira-os para dentro de uma cave, esconde o barril e a mesa, isto porque vinha a Policia e supostamente não devia ter licença para vender cerveja. Quando o carro passou e com toda a rapidez, volta a por os bancos e pergunta-nos com um sorriso nos lábios, beer? 😂

Na última noite, perdemos as horas e deitámo-nos já passava das quatro, não tinha problema nenhum, não tivéssemos que estar a pé pelas sete da manhã, tínhamos autocarro para um lugar que não podes perder no Vietname.



Existem muitas opções desde Hanói, para Halong Bay (que é mais ou menos a mesma coisa do que Cat Bá, mas mais turístico ainda) que incluem dormida no barco, uns maiores outros menores, mas ficam um pouco mais caras.

Nós optamos por seguir para Cat Bá (3 horas de autocarro), ilha junto à costa, que pertence a um conjunto de quase duas mil ilhas na sua maioria inabitadas e que são património mundial da Unesco (Baía de Halong). Era época baixa quando lá estivemos e foi fácil arranjar quarto com vista mar a muito bom preço(5€), num hotel de 2* em que uma e meia era para a vista e a outra meia para o elevador que tinha pinta.

Ali não terão dificuldade em arranjar o típico passeio de barco, que já incluí almoço, umas voltas de kayak e passagem pelas aldeias piscatórias flutuantes, onde vivem 4 mil pessoas no total. Ficamos ainda a saber que muitos dos pescadores que habitam essas casas, tem por baixo das mesmas, uma garoupa gigante, assim como uma espécie de depósito a prazo ou para alguma eventualidade.

Interessante também de se fazer é a subida ao ponto mais alto da ilha, com uma vista incrível [primeira foto], aproveitem também para visitar o hospital no interior de uma caverna, usado no tempo da guerra.

Tam Coc, Ninh Binh e
Phong Nha


Numa das imagens de marca de Tam Coc, podemos ver pequenos barcos a passar num canal rodeado de campos verdes, com belas escarpas a contrastar (pesquisem no Google). No entanto, quando chegámos, os campos estavam alagados e ficámos a saber que a famosa imagem só se consegue ver lá para Abril. Seria mais bonito, mas ainda assim não deixa de ser uma paisagem incrível.

Fizemos um dos passeios de barco e quem nos conduz rema com os pés. A nós pareceu-nos bem complicado, mas elas(es) fazem aquilo com uma perna às costas. Passámos no meio dos tais campos alagados e algumas grutas, sempre com uma paisagem deslumbrante em nosso redor.

Estávamos em época natalícia, num dos convites que tivemos de locais para um chá, e com a ajuda do tradutor, ouvimos histórias de guerras antigas, de paz, das quais não guardam rancores, mesmo que um deles nos tenha mostrado a marca de uma bala e estilhaços numa das pernas. Tudo isto entre os preparativos para o casamento de um dos seus filhos. E se vimos casamentos, dá ideia de que se casam todos nesta altura.


Passámos o Natal nesta pequena vila, foi a nossa primeira vez longe dos que mais gostámos, não foi fácil, mas as novas tecnologias ajudaram a atenuar um pouco a distância.
O pato no churrasco, muito característico desta região, não soube a peru, mas sempre é melhor do que cão ou sapo, que são também "iguarias" muito apreciadas pelos vietnamitas.

Rumámos à próxima paragem, escolhemos o bus noturno(com camas e tudo) para ir até Phong Nha. Saímos às 21h e a chegada seria nove horas depois, mas eram 3:30 da manhã quando chegámos a esta pequena vila com quase tudo fechado. Pior do que nós, só 3 ou 4 vietnamitas que tiveram que fazer o caminho deitados nos corredores do autocarro, porque alguém vendeu bilhetes a mais.

Mas lá encontrámos um hotel aberto que nos albergou naquela e na noite seguinte, felizmente só nos cobrou a segunda, prática usual na zona, pelo menos em época baixa, uma vez que são vários os autocarros que por ali passam a altas horas da madrugada.
Esta zona é conhecida pelas suas cavernas gigantes, diz o Google que uma delas tem o tamanho de um quarteirão de Manhattan. Pelo menos numa delas, é possível explorar a zona por 3 dias e ficar a dormir dentro da própria caverna.
A grande maioria das opções excede bastante aquilo que podemos pagar, para além de não ser para nós uma prioridade, acabámos por optar por ir apenas a uma delas, a mais próxima da vila, de onde é possível sair de barco. Partilhámos o barco com mais 5 viajantes num passeio de 2 horas bem bonito, apesar da chuva teimar em cair.

Hué, Da Nang e Hoi An


O tempo tem vindo a piorar, pelo que decidimos seguir para Hué, mais a sul, mas não estávamos com grande sorte, porque estava parecido. Fomos tentando passar pelos pingos da chuva.

No planeamento da viagem, tivemos também em conta as monções, que são habituais nesta zona, e o frio noutros países por onde iremos passar, uma vez que viajámos com pouca roupa, mas o Vietname estava a "dar-nos baile" e, nestas últimas 3 zonas, foi chuva e "frio" todos os dias. Uma pena, porque teriam um colorido diferente e ainda tinha dado para um mergulhito.

Hué tem como ponto de maior interesse a sua Citadella, uma cópia da cidade perdida de Pequim, também património mundial. Todas as sextas e sábados à noite o trânsito é cortado no centro e a cidade ganha uma nova vida, o ambiente é espetacular.


Da Nang, já perto de Hoi An, é um destino mais de praia, que não pudemos aproveitar pelos motivos já referidos. Esta cidade tem mais de mil alojamentos para todos os gostos e uma ponte com um dragão que cospe fogo, dois dias por semana, infelizmente não coincidiu com os dias em que lá estivemos. Apesar da chuva, ainda fomos a uma das estradas mais bonitas do Vietname, a Håi Vân Pass e as vistas valeram o frio que passámos no percurso, chegámos ao alojamento completamente encharcados.

Foi ali que passámos a passagem de ano, tivemos um jantar bem animado com o Pedro e a Priazara que tínhamos conhecido no autocarro, mas quando nos preparávamos para ir assistir aos fogos, tivemos conhecimento que a festa seria só no dia 1. Ficámos um pouco desapontados, mas como íamos para Hoi An no dia seguinte, íamos ter uma festa bem bonita numa das cidades mais bonitas do país. Apanhámos uma boleia e quando chegámos ao alojamento, ficámos um pouco dececionados quando a senhora nos disse que a festa da passagem de ano tinha sido linda.

Sem dúvida que Hoi An foi a cidade de que mais gostámos, com o seu centro histórico património mundial da Unesco, as casas de um ou dois pisos muito características, maioritariamente de tom amarelo, adornadas com centenas de balões (lanternas) que se iluminam quando anoitece e lhe dão um ar tão pitoresco, que nem os milhares de turistas conseguem retirar.


Ainda deu tempo para reencontrarmos o casal português
Partir Para Ficar, com quem aproveitamos para passear e falar um pouco dos próximos tempos.

Despedimo-nos e seguimos para o autocarro noturno que 12 horas depois nos deixou em Da Lat, já no sul do Vietname, mas em terras altas, por aquelas bandas já não chovia, mas continuava fresco.

Da Lat e
Mui Ne Beach


A primeira vez em terras altas do país, onde tudo é ainda mais verde e o ar é fresco e puro. Organizada, com passeios livres, edifícios antigos com traço colonial e flores por todo o lado; demos por nós a perguntar em que país estávamos.

Mas num instante entrámos num mercado onde se vende de tudo e mais alguma coisa, onde o lixo é vizinho do lado e as motas passam por entre as bancas e voltámos à realidade vietnamita.
Já na zona envolvente são muitos os locais de produção de flores, legumes e fruta, cascatas e albufeiras são também relativamente fáceis de encontrar. Foi na busca destes paraísos numa motorizada que passámos a maioria do tempo por ali.

Mui Né, vila junto à costa sul do país, a 3 horas de distância, onde os resorts e alojamentos para turistas, na sua maioria originários da Rússia, se vão amontoando, apesar de grande parte da zona balnear já não ter praia propriamente dita. A prática de windsurf e Kitesurf é muito popular e um dos motivos de visita de muitos dos turistas.

Areia, que é coisa que não falta ali bem perto, no deserto de areia dourada, ou um pouco mais longe, no de areia branca, que é substancialmente maior. De todos os locais onde estivemos, foi talvez o lugar do Vietname que encontrámos mais sujo, o forte vento da zona também ajuda um pouco a espalhar, mas...dá a sensação que a batalha contra o lixo está perdida, pelo menos nesta zona do planeta, a não ser que as coisas mudem radicalmente nos próximos tempos.

Alguma sorte no meio do azar...num dos percursos até ao deserto, perdemos um telemóvel, depois deste ter caído da mota, quando passávamos numa rua algo esburacada. Quando demos por ela, ainda voltámos atrás, mas nada, nem nas câmaras da policia conseguimos detetar onde teria caído.
Um pouco mais à frente, fomos mandados parar pela polícia local, porque íamos a 47km/h em zona de 40, numa clara caça à multa, para além disso não tínhamos carta internacional. Depois de termos dito que éramos portugueses, e sem percebermos muito bem, lá nos deixaram seguir caminho(talvez fãs do CR7). A mesma sorte não tiveram outros que também lá pararam.

E a última paragem no Vietname foi a antiga capital Saigão, agora Ho Chin Minh. As motas são mais que muitas, para não variar e fazem do próprio trânsito um ponto de interesse, tal é a loucura. Dizem que existem mais de 5 milhões de motas na metrópole. A cidade divide-se em distritos, sendo que o número 1 é aquele que reúne quase todos os pontos de maior interesse.

Nesta cidade, tal como noutras por onde já passámos, os arranha-céus proliferam, lojas das marcas mais famosas e caras, com carros topo de gama à porta, que depois não são muito condizentes com a forma que vive a maioria da população, assim como com algumas infraestruturas ou a falta delas.

É também no 1° distrito que está situado o museu da guerra, que opôs o Vietname do Norte (comunista) e o do Sul (capitalista, apoiado pelos EUA), que resultou na "vitória" dos comunistas que lideram o país até ao momento, num regime de partido único.

Devemos dizer que as imagens expostas e estórias relatadas são fortes e de atrocidades injustificáveis cometidas pelos do sul e os americanos. Aquela parte que não foi mostrada nos filmes da nossa juventude.

A outra versão da estória não é mostrada, pelo menos enquanto os comunistas estiverem no poder.





Vietname em 25 dias

Aterrámos em Hanoi, vindos do Myanmar, seguimos para Cat Bá (Halong bay), Tam Coc (Ninh Bin), Phong Nha, Hué, Da Nang, Hoi An, Da Lat, Mui Né e, finalmente, HCM, de onde saímos pela fronteira terrestre para a capital do Camboja, Phnom Pehn.
À exceção de Hué para Da Nang que fizemos em comboio, todos os trajetos foram feitos de autocarro, a forma mais barata de viajar no país, apesar do comboio ser mais confortável.


Algumas curiosidades e dicas:

- Gostam de jogar às cartas, acompanhados de um chá ou umas cervejolas, melhor dizendo, para o chá e cerveja (que é muito barata) não precisam de grande motivo.
- Existe um bilhete de autocarro que permite percorrer alguns dos principais pontos turísticos do país, o valor ronda os 40 Euros (não comprámos, porque não dava para ir a alguns sítios).
- É fácil e têm muito bons preços nos cartões de internet (atenção que tem que dar para todo o país, alguns são só para a região).
- Muitos mochileiros compram motas antigas num extremo do país e vende no outro, por vezes pelo mesmo valor.
- São cobradas taxas nos ATM, o banco Agribank foi o que nos cobrou menos, 22 mil Dongs (0.85€) por cada 3 milhões (115€ +-), usamos sempre o Revolut.
- Mais a sul, o desporto mais praticado é a peteca, têm muita habilidade por sinal.
- Passeio de barco, um dia desde Cat Ba, custou 10€ por pessoa.
- Passeio de barco a uma caverna de Phong Nha, com mais 5 viajantes, ficou em 8€ a cada um.

Quase tudo é negociável, procurem bastante, os preços podem variar muito para a mesma coisa! Muitas das vezes na porta ao lado, está a metade do preço.
É talvez o país mais barato da zona, tirando alguns pontos de interesse (que têm um custo mais elevado).
Em quase todo o lado aceitam dólares mas, se o fizerem, vão perder dinheiro em quase todos os pagamentos.


Imagens de marca:
Motas, buzinas constantes, vendedores ambulantes, imagens e bandeiras do comunismo, Karaokes, Pho Bó (prato típico), cabeleireiras e barbeiros em tudo o que é sítio.

O visto português de uma entrada custa 31 Dólares (6 da carta de chamada+25 no aeroporto).
Se optarem pela via terrestre para entrar no país, terão que pagar cerca de 60 Dólares, numa embaixada de um dos países vizinhos.
Mais info aqui.

Vietname

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