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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

CAMBOJA

O maior templo religioso do mundo está aqui.


Passámos uma das fronteiras, mais complicadas na zona, tal é a quantidade de esquemas, até por parte de quem nos deveria proteger, mas desta já nos safámos.

Chegámos a Phnom Penh vindos do Vietname, com alguns relatos de que era um bocado perigoso andar com os telemóveis ou bolsas na mão e que eram bastante comuns os roubos por esticão. Tivemos algum cuidado, mas foi estranho para nós porque temos andado super tranquilos em todos os países e, aqui, parecia que estávamos sempre de olho aberto, a desconfiar de todos e isso às vezes pode ser um bocado condicionador.


Mas não tivemos qualquer problema e os dias em PP foram tranquilos, e de grande aprendizagem.
Já sabíamos um pouco do história, mas não tínhamos muito bem a perceção da dimensão do que ali se passou. Visitámos a prisão S21, para onde eram levados e torturados os presos de uma guerra bem recente no Camboja, bem como o campo de extermínio, onde eram mortos esses prisioneiros do Khmer vermelho (grupo comunista que tomou o país de 1975 a 1979) e foi duro perceber que, pela simples razão de usarem óculos, por exemplo, era motivo para se morrer.


A ideia era que todos vivessem nas zonas rurais e da agricultura, tudo o que fugisse a isso era para exterminar. Foram mais de 2 milhões as vítimas deste exército, na altura representava 25% da população, impressionante.




Ficámos a perceber mais um bocadinho da triste história dessa guerra e, claro, que como todas elas, os motivos são do mais estúpido que pode haver.

Outro dos pontos de interesse na capital é o Palácio Real mas, como já tínhamos esgotado o orçamento, não visitámos, mas pareceu-nos bonito e parecido ao de Bangkok, visto de fora é claro.
Ficámos alojados bem perto do centro o que nos facilitou bastante as deslocações.


Estivemos em PP durante o fim de semana e foi engraçado ver a quantidade de pessoas que passeavam e faziam pic-nics junto ao palácio real, principalmente no domingo, numa zona sem carros, assistimos ainda a uma cerimónia religiosa que, disse-nos uma senhora, tem lugar todas as semanas mas varia o dia, mesmo junto ao rio.

Outra menos engraçada foi a quantidade de crianças a pedirem na rua, contrastando com os grandes edifícios modernos e os carros topo de gama, que por ali se vêm.
Estas diferenças começam a ser comuns para estes lados, mas para nós continuam muito difíceis de entender.

É fácil andar em PP, há bastantes tuk tuk e várias aplicações tipo uber, que se podem usar para comparar preços, são relativamente baratos. Há bastante oferta de restaurantes para todos os preços e é possível beber um copo de cerveja por 0,50€.

Á semelhança de outros lugares por esta zona do mundo a prostituição é grande, ainda pior do que isso, foi parecer-nos que algumas das raparigas eram menores, na maioria das vezes acompanhadas de homens ocidentais já com alguma idade.


Kampong Thom


Da capital PP para Siem Reap, decidimos parar sensivelmente a meio, numa zona mais rural do Camboja, para sentirmos um pouco esse lado do país e conhecermos também um complexo de templos, que deverá ser considerado património mundial da Unesco em breve.
Ali, as casas são de bambu/madeira/chapa, sempre a um nível considerável do solo de modo a prevenir a habitual subida das águas na época das monções.

A vida corre devagar, andam 4 ou 5 miúdos de mota sem capacete, joga-se voleibol a dinheiro e os artistas que trabalham a pedra e a transformam em Budas ou outros símbolos são mais que muitos.
Demos umas voltas de mota, visitámos os tais templos, alguns deles parecidos com o que iríamos ver a seguir, sem turistas e uma zona ainda muito inexplorada, gostámos.


Siem Reap


No dia seguinte, rumámos a Siem Reap, para podermos ir a um dos lugares que estava na lista dos sítios obrigatórios a visitar nesta viagem, os Templos de Angkor.

A cidade está repleta de hóteis e para vários preços, restaurantes, bares, casas de massagens e tudo o que o turista precisa. Isso também faz com os preços em algumas coisas estejam um pouco inflacionados ali, é claramente o lugar mais turístico do Camboja. De qualquer das formas e fugindo ás ruas mais turísticas é possível comer de forma bem económica.

Mas, falando dos templos de Angkor, existem 3 tipos de bilhete, 1 dia custa 37$, 3 dias 62$ e 7 dias 72$; achámos que um dia seria pouco, então, optámos pelo bilhete de 3 dias, que pagámos com o nosso Revolut. Atenção que as bilheteiras não estão mesmo na entrada dos templos, mas mais perto da cidade.
Para compensar o custo, fizemos a exploração da zona de bicicleta e aproveitámos para fazer algum exercício assim sempre gastámos um pouco menos. Viajar por um longo período de tempo requer alguma engenharia e equilibrios, para que se consiga o melhor dos dois mundos.
No primeiro dia foram acabámos por fazer 28km. Para quem não tem tanto tempo também é possível alugar 1 tuk tuk por 15€/dia.
Como ainda estávamos fresquinhos, optámos por ir até à zona mais longínqua dos templos principais, logo com muito menos gente. E foi magia o que aconteceu por ali, estar em alguns daqueles lugares sem ninguém, onde só se ouviam os pássaros, foi como se nos tele transportássemos para aquele tempo.

Se no primeiro dia de visita a Angkor conseguimos ver templos com pouca gente, ou mesmo vazios, no segundo dia a história já foi diferente.
Visitámos os templos mais famosos, logo com muito mais gente, e grandes grupos de excursão.
Nesses mais conhecidos estão, o Bayon, um dos mais característicos e fantásticos, foi um dos que mais gostámos. São 216 faces do Rei Jayavarman VII, que o mandou construir no século XII, o mais espantoso é que todas as faces têm expressões diferentes, e não estão completamente esculpidas numa só pedra mas em várias, parecendo puzzles.



Também muito bonito é o Ta Prohm, que ficou mais conhecido depois das gravações do filme Tomb Raider da Angelina Jolie, com as raízes das árvores que parecem querer engolir o templo.
O principal e mais conhecido, Angkor Wat, visitámos já ao final do dia, e nesse não há como evitar as multidões, qualquer que seja a hora. É o mais bem preservado do complexo, estima-se que ali viveram cerca de 20 mil pessoas, a sua importância é tal que a sua imagem está presente na bandeira do país, é lindo.


O terceiro dia de visita começou bem cedo, levantámo-nos às 5 da manhã para vermos o nascer do sol no Angkor Wat. Pedalámos ainda de noite, mas quando chegámos ao templo já lá estavam centenas de pessoas, todas à espera do mesmo. Foi realmente bonito ver o sol nascer por trás do templo e depois vê-lo refletido na água, e nem a quantidade de gente, tirou a magia do momento.

Na altura fizemos um vídeo em direto, podem dar uma espreitadela nas publicações do FB.

Battambang


A caminho da Tailândia, pela terceira vez nesta viagem, parámos em Battambang. Esta cidade é visitada com frequência principalmente para ver a saída diária de morcegos de uma gruta e são aos milhares, impressionante mesmo, não fiquem mesmo por baixo da gruta, não vai ser muito agradável.

Num dos dias e na estrada para lá chegar, aprecia no google maps, algo como "mouse market", parámos na zona para ver o que era. Então não é que têm umas barraquinhas ao longo da estrada com rato no espeto (rato tipo frango), ainda com o rabo e tudo! Não faltava malta a parar e a levar este petisco para a viagem, nós não tínhamos grande fome e até estamos a pensar ser vegetarianos, por isso não experimentamos 😃.
Mas a fome apertou e um pouco mais à frente parámos num tasquinho de beira de estrada, a primeira coisa que fizemos foi ver se não tinham rato no espeto como opção e aparentemente com rabo não. Pedimos então uma espetada daquilo que supostamente seria frango, o sabor não era mau, mas pouco depois a quantidade de osssinhos, gerou alguma desconfiança, perguntámos ao senhor, mas não falava inglês e a forma que arranjou para nos mostrar que não havia perigo foi por o filho a comer uma. Não nos serviu de grande coisa, até porque aqueles moços apreciam o ratito, como tínhamos visto mais lá atrás.


Percurso no Camboja durante 14 dias


Entrámos no país por Phnom Pehn, vindos de HCM(Vietname), de autocarro por 8€.
Dali para Kampong Thom, Siem Reap e Battambang, que tem talvez como principal ponto de interesse as cavernas da morte(do tempo dos khmer vermelho) e a saída das cavernas dos morcegos para caçar. Foi o último ponto antes de cruzarmos a fronteira rumo à Tailândia. A ideia era ter ido também a Kampot, Kep e Koh Rong, mas como tínhamos que estar em Banguecoque dia 25, não deu tempo.

O Camboja é um país que ainda precisa de encontrar um rumo, depois de terem passado por períodos muito difíceis. As desigualdades são ainda mais notórias do que nos vizinhos, foi talvez o sítio onde vimos mais crianças a pedir na rua, por outro lado e principalmente na capital, carros de alta cilindrada e edifícios modernos não faltam. Para compensar tem um povo muito amável que não nega um sorriso e foram muitas as vezes em que isso aconteceu. A comida e o custo relativamente baixo para o turista é são também pontos a favor.


Algumas curiosidades e dicas:

À semelhança do Laos e Vietname, a cerveja barata é vendida em todo o lado. Muito comum também são as pastelarias (por causa da influência francesa), algo raro por estas bandas.

Uma das coisas engraçadas do Camboja é que, além da moeda local, o riel, também se usa, e muito, o dólar americano. Então, é comum pagar em dólares e receber o troco em ríeis, obrigando-nos a fazer um constante exercício de matemática, mesmo que às vezes baralhemos os neurónios até nos habituarmos.

São cobradas taxas nos ATM, cerca de 3.5€ por levantamento, a vantagem é que dá para a levantar em alguns dos bancos mais de 300€ em cada operação, da máquina saem dólares e não o Riel, moeda do país. Em quase todo o lado aceitam dólares, façam sempre as contas e vejam qual a opção que mais compensa, já aconteceu ser mais compensador pagar em Dólar ou vice-versa.


Visto para portugueses de uma entrada custa 30 dólares e tem a validade de 30 dias, pode ser feito à chegada ao país.

Mais info aqui.

camboja

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