Cabeçalho

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

SRI LANKA

Antigo Ceilão, que nos apaixonou.


Depois de umas horas mal dormidas no aeroporto de Chennai na Índia, chegámos finalmente a Colombo, a capital do Sri Lanka, antigo Ceilão.
O visto para 1 mês custa, por norma, 40$ mas, como ainda estava em vigor a isenção para uma série de países, incluindo Portugal, não pagámos nada. Saímos um pouco da zona do aeroporto até uma central de autocarros e seguimos num autocarro local até ao centro de Colombo.




Depois de alguma dificuldade em encontrar o nosso alojamento, tinha uma morada errada, e depois de nos instalarmos, fomos encontrar-nos com a nossa amiga Ally, a canadiana que mora no Quirguistão e com quem passámos uns dias em Timor no ano passado. Fomos pondo a conversa em dia enquanto palmilhávamos as ruas da capital que, depois de umas semanas na Índia, nos pareceu bem organizada e limpa. A primeira impressão, e que se foi confirmando, é que aquele povo é de grande educação e simpatia, fomos muito bem recebidos por ali.


No dia seguinte seguimos em direção a sul e às praias mais famosas num dos muitos autocarros que servem todo o país, talvez a forma mais fácil e barata de viajar por estes lados. E há muito por onde escolher, umas mais pequenas, outras maiores, com diferentes cores de mar, desertas ou com mais gente, há para todos os gostos. Nós ficámos nas zonas de Hikkadwa nos primeiros dias, seguimos depois para Mirissa e finalmente na zona de Tangalle, como alugámos mota visitámos muitas outras em alguns passeios. Uma das que mais gostámos foi junto ao Farol de Dondra.




Todas estas praias foram bastante afetadas pelo tsunami de 2004, aliás, no Sri Lanka morreram cerca de 35000 pessoas, sendo o segundo país com mais mortes, naquele desastre que afetou esta zona do globo.
Há alguns museus que se podem visitar e que mostram o antes e o depois do tsunami, bem como alguns monumentos erguidos em memória dos que morreram.



Em Tangalle e á semelhança de outros locais mais turísticos, era ainda visível a falta de turistas, depois do tsunami, da guerra civil que terminou em 2009 e que tirou a vida a mais de 100 mil pessoas, de em 2019 terem acontecido ataques terroristas a igrejas e hotéis. Fizeram com que o país ficasse longe das opções dos estrangeiros, com a exceção dos russos.
Sem culpa disso está a maioria do povo que sofre na pele tudo isso. Visitamos o país em Janeiro e Fevereiro de 2020, como sabem o que veio a seguir, só veio agonizar ainda mais este povo.


Depois de 45 dias na Índia, foi bom podermos estar assim uns dias. Não sei se já tínhamos dito, mas a Índia rebentou connosco.
Outro ponto obrigatório a visitar é Galle, que está no interior de um forte construído inicialmente pelos portugueses e acabado, posteriormente, pelos holandeses.

Já com as energias repostas, deixámos as praias e a zona de Tangalle e seguimos para a montanha, o destino foi Ella a quatro horas em autocarro, uma pequena vila repleta de restaurantes, hotéis e pequenos alojamentos, onde talvez 90% da população vive do turismo.
A zona é realmente de uma beleza singular, montanhas, cascatas, campos de chá, conhecida também pela famosa ponte dos 9 arcos, não falta o que ver por ali. Ficámos alojados a 1km do centro, no único quarto do alojamento de uma casa ainda em construção, de difícil acesso, mas com uma vista, simpatia e pequeno-almoço que não têm preço.


Foram dias muito bons por aquele lindíssimo país. Aproveitámos para conhecer um pouco as redondezas, de mota, claro, e fizemos uns bons 100km, passando por Wellawaya e Haputale, onde o famoso Sr. Lipton chegou há mais de 100 anos, comprou o seu primeiro terreno e começou a plantar chá.
Nunca tínhamos visto tão grande plantação como ali, é incrível! Infelizmente, quem lá trabalha não é remunerado como deveria e sobrevive com uns míseros 80€ por mês, o que é manifestamente pouco para um país como o Sri Lanka.

Seguimos então para Kandy, num dos percursos mais famosos do mundo. Neste trajeto, vai menos gente do que no sentido oposto e é relativamente fácil encontrar lugar. Chegámos um pouco antes da partida e comprámos o bilhete da 3ª classe, não chegou a 1€ por 6h de incríveis paisagens. Numa primeira fase, com muita "turistagem", que acaba por sair um pouco mais tarde, depois de já terem gasto o rolo da máquina, nós seguimos tranquilos, com apenas a preocupação de ir usufruindo da paisagem, o mesmo não podiam dizer quem vinha no sentido inverso, pareciam sardinhas em lata.


Já tinha caído a noite quando chegámos à estação nos arredores de Kandy e estávamos a cerca de 8km do alojamento que tínhamos sinalizado. Chamámos um tuk tuk, que dividimos com um inglês que tínhamos conhecido no percurso, e não é que quando estávamos a chegar ao centro, demos pela falta da mochila pequena onde estavam passaportes, dinheiro e os cartões revolut?!
Até nos deu um arrepio na espinha e suores frios. Parámos imediatamente e seguimos noutro, no sentido oposto, não nos conseguíamos lembrar se tínhamos deixado no comboio que seguia para Colombo ou na estação. O motorista conduzia o mais rápido que conseguia, mas parecia que nunca mais chegávamos, um tuk tuk tem póneis em vez de cavalos e aquele não dava mesmo mais.
Já perto, corremos para a zona de espera e ali estava ela, no mesmo sítio onde a tínhamos deixado, ao mesmo tempo que o senhor que lá estava nos disse que a estava a guardar.
Não faltava nada, que alívio! Sorte estarmos no Sri Lanka, cada vez gostavamos mais daquele país.


Em Kandy, ficámos instalados num alojamento de uma família já de alguma idade que viu a oportunidade de ter um complemento à reforma, que é bastante baixa, e alguma companhia. E se há algo que adquirimos durante a viagem é de como deve funcionar um alojamento. Assim, ainda ajudámos a alterar a disposição de alguns móveis e camas, achamos que ficou bem melhor, tiramos uma fotos para atualizar a página do alojamento e demos umas dicas. Num dos dias também lá jantámos e não queríamos acreditar no banquete que a senhora tinha preparado para nós, tudo delicioso.


Para além do centro da cidade e de um ou outro templo nas colinas em redor não há muito mais para ver por ali, alugámos então uma mota para podermos explorar os arredores. Mais uma vez, fomos muito bem recebidos em tudo o que é lugar, aquela gente é incrível!
Dias bem passados ali, onde ainda tratámos de uns assuntos pendentes sobre alguns dos próximos destinos e seguimos caminho.

Esse caminho levou-nos a Sigiriya, famosa pelas ruínas de uma antiga cidade em redor e no cimo de um rochedo enorme, o Lion Rock.
O problema é o preço da subida, pedem 25€ a estrangeiros. Achámos demasiado e optámos por subir ao rochedo do lado, o Pindurangala, por dez vezes menos pareceu-nos bem mais interessante.

A subida é curta, mas acentuada, e com uns degraus meio estranhos. Chegando ao topo, a vista sobre a savana e, claro, para a famosa Lion Rock é incrível.
Como o alojamento era relativamente perto, regressámos também a pé, embora seja pouco aconselhável. Pelos vistos, ao final do dia e durante a noite, os elefantes costumam passar por ali e podem atacar, mas foi tranquilo.

Há ainda vários parques nacionais nas redondezas e, sendo o Sri Lanka o país onde se podem fazer safaris a um preço bastante acessível, decidimos ir a um deles, com o intuito de ver os elefantes no seu habitat natural.
Ficou por 22€ cada um, num jipe só para nós, e, se conseguíssemos alguém para partilhar o veículo, sairia ainda mais barato.

Entre aves de grande porte e búfalos, elefantes tardavam em aparecer, como se costuma dizer o que custa é o primeiro e foi mesmo assim, um pouco mais á frente lá estavam os 'moços', em pequenos grupos, conseguimos ver mais de 100, foi incrível!


Seguimos para Anuradapura e Minhtale, onde ficámos a conhecer um pouco mais sobre a história do país. Ali há estupas gigantes, com centenas de anos.


Entretanto, e quando já estávamos em Kalpitiya, zona de excelência para a prática de kite surf, a empresa chinesa com quem íamos voar cancelou o voo de saída do país (covid). Não foi fácil recebermos a confirmação de que iríamos ser ressarcidos do valor que tínhamos pago, mas lá conseguimos. Tivemos então que comprar um outro voo, mais caro, e que nos obrigou a sair dois dias mais cedo do país.


Como não dava para muito mais, seguimos para Negombo, a cidade mais próxima do aeroporto, onde passámos as últimas duas noites no Sri Lanka.
Foi nesta mesma cidade que fizeram o tal ataque a 3 igrejas em abril do ano passado e dizem os locais que, apesar de já estarem a recuperar, afetou bastante os negócios. São mais que muitos os alojamentos na zona, no entanto, comer barato na zona mais turística não é assim tão fácil, achamos bem mais caro ali do que nos outros sítios por onde tínhamos passado.

Antes de irmos para o aeroporto, ainda comprámos umas máscaras (dizem que se deve usar para prevenir o contágio pelo coronavírus).
Já no controlo de bagagem, nunca tínhamos tido três revistas no mesmo aeroporto, talvez tenham algum receio de novos ataques.
Gostámos bastante do Sri Lanka ao ponto de ter entrado para o nosso top 5, que começa a ficar curto. Éramos capazes de viver neste país por uns tempos.


Curisosidades:


Foram 25 dias, mas podiam ter sido 50, há tanto para ver no Sri Lanka, num país com uma dimensão parecida com o nosso e com pessoas super simpáticas só dá vontade de ficar mais tempo.
É um excelente país, para se começar numa viagem de mochila às costas. É muito fácil viajar ali, para além disso o pessoal está sempre disposto a ajudar. Não é dos países mais baratos da zona, mas também não é caro.

Uma boa forma de se viajar barato é usar os autocarros normais, que vão a quase todo o lado e são super baratos, para alguns destinos existem os com AC, mais caros um pouco, o comboio também é bastante barato, mas só usámos no percurso entre Ella e Kandy. Aconselhámos irem primeiro às praias e só depois à montanha, fazendo este sentido, irão no sentido oposto da maioria. Para pequenas distâncias e nas zonas mais povoadas, existe o "pick me", a Uber do sítio.


Se gostam de andar sempre conectados, devem comprar o Sim da Dialog, não comprar Airtel(mais lenta que um caracol).

Da 3 vezes que levantamos dinheiro, o ATM cobrou taxa, não experimentamos todos os bancos, mas o HNB, cobra 2.3€ por levantamento e permite levantar até 700€, o que é bastante bom, comparando com os outros. O People's Bank não está a cobrar pelo visto, este tipo de taxas, são independentes das taxas dos nossos cartões, no Revolut não pagamos nada.

Os preços dos artigos estão marcados nas embalagens não tem que enganar, tudo o que não tenha preço e determinados serviços são passíveis de negociação.
A comida é bastante saborosa, mas algo picante, um prato de comida em restaurantes locais, ronda os 2 a 3€.
Por último e não menos importante, sem bilhete de saída do país, dificilmente vos deixaram embarcar, atenção a este pormenor! Até ao momento da nossa saída só era possível entrar e sair de avião, anteriormente já tinha sido possível de barco, desde a Índia.

Visto para portugueses é de 30 dias e custa 40 USD, por sorte até dia 31 de janeiro de 2020, estávamos isentos de pagar, não sabemos se prolongaram. Assim como o pré registo, que é necessário fazer online.
Mais info aqui.

Sri Lanka

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6 comentários:

  1. Do Berço To The World28 de setembro de 2022 às 15:28

    Obrigado Graça, pelo feedback 🙌

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  2. Excelente! Um destino a equacionarmos para uma próxima viagem.

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  3. Do Berço To The World29 de setembro de 2022 às 11:34

    Obrigado 🙌, é um destino muito completo, povo muito simpático, cheio de cultura, natureza, religião, gastronomia, boas praias. Para quem nunca foi á Ásia, é uma excelente porta de entrada.

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  4. Obrigado por toda a informação do post.

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    Respostas
    1. Obrigado nós pela visita, esperemos que tenha sido útil 🙌

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